e no final inclino-me a dar razão ao poeta. einstein inventou demasiadas teorias para poder estar certo acerca do mundo. eu prefiro acreditar que agora estou neste ponto e que posso chegar onde quero, independentemente do funcionamento de tudo o que me rodeia. na verdade, a vida não tem explicação. são coisas que acontecem, umas a seguir às outras, só porque sim. mais nada.
sobretudo, a vida não é uma coisa bonita. deito assim abaixo uma série de estudos estéticos e opiniões cheias de substantivações que, a mim, não me aquecem nem arrefecem. no final de um ensaio, o que eu posso dizer é que é giro ou não. que sim, já tinha pensado nisso, que não, a minha vida não é assim. mas sobretudo, a vida é como ela é. e é por isso que eu me inclino a dar razão ao poeta.
o que eu posso mesmo dizer é que para perceber uma pequena parte daquilo que einstein pensou tive que estar duas horas a adormecer numa sala. para compreender o poeta bastou folhear um livro, um livro que eu posso levar para qualquer lado, abrir e fechar quando me apetecer. e por isso, em detrimento do cientista, eu volto a postular o verso de nicanor parra, esse chileno cheio de à vontade com as palavras. "a vida é o que é, não o que um filho da puta chamado einstein diz que é".
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
quarta-feira, maio 25, 2005
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