escreve-me um poema. porque é domingo, porque é segunda-feira, porque está sol. escreve-me um poema. pega na caneta, num desses papéis que tens caídos no chão, olha para os prédios em frente pela tua janela. escreve. não pode ser assim tão difícil. porque eu gosto de ti, porque tu gostas de mim, por uma razão qualquer. um poema.
escreve-me um poema. porque queres que eu chegue tarde, porque queres que eu chegue cedo, por razão nenhuma. um poema. mesmo que a caneta não escreva, mesmo que o papel não chegue, escreve com a tua voz. sobre a minha pele, sobre os meus seios, sobre o meu sono. porque não há mais nada que possamos fazer. escreve.
escreve-me um poema. porque ainda é dia, porque já é de noite, por uma coisa qualquer. escreve. com os dedos, com os teus cabelos, com a tua boca. escreve. porque tu existes, porque não existes, a caneta, o papel, os livros todos pelo chão. poema. porque eu vou-me embora, porque eu vou chegar, por tudo e por nada. para mim.
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
segunda-feira, maio 02, 2005
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2 comentários:
=)...*
uma folha
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música afogando os olhos
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*
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