ah deixa-me ficar por aqui, os olhos chorosos, a ver o campeonato deste lado de fora. eu agarro as mãos uma na outra e finjo-me valente - é uma das maneiras de se viver, digo-te eu, que não sei nada do funcionamento das coisas.
deixa, deixa, leva as bandeiras para a varanda, chama chama por um joão ratão, eu fico no andar debaixo, a ver o jogo decorrer à distância - alimento assim o meu bicho do mato, o meu bicho roedor, cá dentro.
ah deixa-me ficar, sim, deixa-me ficar, pois é sempre essa a minha vontade, a quietude inteira dos dias vazios, as palavras caladas por um silêncio de maratona - a ideia, a simples ideia desta solidão, a escorrer-me pela face, em lágrimas.
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
quarta-feira, novembro 23, 2005
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