tenho o telemóvel cheio de números, cheio de casas e de dúvidas, cheio de palavras sem respostas e sem portas. tenho o telemóvel em cima da mesa, os teus olhos contra os meus, mesmo se chove, um abraço apertado porque alguém está perto, um endereço por apontar. tenho o telemóvel guardado, silenciado, apagado. tenho tudo e mais alguma coisa, em profunda contradição sempre.
há qualquer coisa que me falta dizer. falta-me dizer a mim mesmo. é só isso. tudo o resto não passa de um profundo desperdício.
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
domingo, novembro 27, 2005
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