tenho, nas pontas dos dedos, gravados nomes de povoações. percorro-as com os dedos, pelos mapas. guardados num baú, tiro-lhes o pó quando chega a noite. abro-os no chão da sala e, gravados os nomes nas pontas dos dedos, percorro povoações.
vou de olhos abertos, sim. os meus dedos nos mapas, imagino que os meus olhos sejam o céu. os meus dedos, a minha boca. sim. há qualquer coisa na minha boca que me impede de viajar. digo os nomes das povoações muito baixinho.
nas pontas dos dedos, gravados. os nomes são feitos de letras, itinerários. tenho letras nos bolsos, às vezes. os mapas abertos sobre o chão da sala. querer, querer sempre o que não se pode. na minha boca, os meus dedos gravados. povoações.
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
domingo, julho 17, 2005
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Arquivo do blogue
-
▼
2005
(461)
-
▼
julho
(54)
- cigarro
- noite
- miopia (outra vez)
- na galiza...
- and so good night...
- i am cool...
- are you cool?
- licença sem vencimento
- dedo
- desordena-se o ordenador
- tábua das matérias I
- mapa das estradas
- silêncio para 2
- cidade abandonada
- porque as teorias pressupõem o caos - indícios
- webcam dialogs 1
- maneiras de acabar com amizades - II
- maneiras de acabar com amizades - I
- 1
- a mala às costas
- mais logo à noite
- domingo
- o filme: três possíveis personagens
- todos temos a nossa dose de ilusão
- lista das compras
- despertador
- caras
- (sem título)
- dois motes
- para além daqui...
- mergulho
- não me digas a palavra lua
- pequenas considerações sobre a bicicleta (a contin...
- povoações
- bilhete
- colo
- Livraria Livrododia
- quantos
- manifecho-me
- copo de água
- silêncio
- tesoura
- "tu mirada roja"
- quantos dias
- o mundo
- no escurinho do cinema
- álbum de fotografias
- ferro
- V
- comprimido
- palavra vezes três
- trança
- o que tu tens para me dizer é a tua voz baixa, bai...
- curvas
-
▼
julho
(54)
Sem comentários:
Enviar um comentário