- estava ainda agora com o livro da Adília Lopes nas mãos e pensei em abrir mais uma porta ao lado.
- oh meu amigo, deixe-se disso.
- é que desde que descobri que gosto da Adília que não encontro sossego.
- ai sim?
- esta coisa da poesia de que não gostamos se tornar, com o tempo, nossa predileta, convive muito mal com a constância da comunidade burguesa.
- bem me parecia, você ainda se preocupa com essas coisas.
- não é tanto preocupar. estou é sempre a pensar sobre mim, como pensaria o pior dos meus críticos.
- não há quem diga suficientemente mal de si, é o que me parece.
- ainda por cima ao folhear o livro da Adília, descubro que ela dedicou poemas ao Miguel Tamen. o que vão pensar as pessoas disto? que eu agoro gosto dela por uma ténue sensação de pertença ao grupo?
- deixe-se disso. se bem se lembra, você lia Fernando Guerreiro e roía-se todo por perceber como é que ele era capaz de gostar da Adília. afinal aí está, eles sempre se entenderam na poesia, você é que estava a ser limitado.
- reconheço isso, meu caro. que chatice, esta coisa a que chamam juventude.
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
sábado, setembro 03, 2005
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Arquivo do blogue
-
▼
2005
(461)
-
▼
setembro
(37)
- lenga lenga
- todos os poemas são poemas de amor
- noite
- primeiro acto
- vivendo assim
- dimanche aprés-midi
- [ ]
- cara?
- mesa do canto
- um café
- depois da meia-noite
- ao fundo, um piano
- imaginação
- mon amour...
- visita
- Prémio 36.000!
- filme
- depois da hora
- Classified
- foto tipo passe
- try and catch me
- e agora o tempo...
- poema 347
- aprender a citar
- deixar
- ginger ale
- conversa
- anjo elegante
- jeito
- sapatos
- visitação
- "agora já é uma senhora!"
- ain't it hard to hear the blues, Louisiana
- duas ou três
- o eu estar aqui é uma consequência
- setembro
- operário
-
▼
setembro
(37)
Sem comentários:
Enviar um comentário