a poesia nunca morre. mesmo se um dia não restarem mais poetas, ficarão os livros, as palavras, para serem vividas. a poesia nunca morre. muitas outras coisas podem morrer. as mãos, os frutos, os adolescentes, todas as flores, até os poetas. a poesia nunca morre.
o silêncio é coisa que só se tem em vida. depois de morrer, não há mais silêncio. todas as palavras ditas, todas as palavras para dizer. em cada sílaba inicia-se a possibilidade de renovar, re-dizer, revoltar a terra, o mar, o céu, a cidade, o campo. todos os lugares da poesia.
a poesia nunca morre. a poesia sequer fica mais fraca. todos os anos depois, ainda uma explosão a cada verso, um aperto que se desfaz e renova a cada estrofe. a poesia nunca morre. deixa-se ficar pelos homens, por dizer. e depois, de novo, surge, irrefutável e completa. a poesia nunca morre.
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
segunda-feira, junho 13, 2005
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2 comentários:
Eugénio. Sempre!
A poesia nunca morre,nunca.Tenho saudades tuas...tenho saudades de viver e de voltar.Vou voltar prometo.Preciso de tempo para ficar mais forte...nem sempre ouço quem me chama.***
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