Vou deixar de dizer que os escritores são pessoas chatas. Aqui na Póvoa de Varzim tenho ouvido escritores que são autênticas "pain in the ass", mas a verdade é que também descobri que se pode ser escritor e ser-se simpático, simples, verdadeiro. Vou então deixar de dizer que os escritores são pessoas chatas. Vou passar a dizer que conheço quem seja realmente acessível e que, com isso, me faz aprender bastante sobre o escrever-aqui-assim.
Existem escritores que modulam a voz quando falam. Ouviram todos os conselhos que os professores de retórica tinham para lhes dar quando falharam o seu primeiro acto público. Existem escritores que vangloriam a indústria farmacêutica, que os pôs a falar, e existem escritores que falam tão baixinho que é como se não falassem. No entanto, não voltarei a dizer que os escritores são pessoas chatas. Embora existam escritos que são uma verdadeira chatice.
Existem escritores que parecem não perceber muito do assunto e escritores que parecem perceber demais. Há quem fique fechado em casa, a escrever, e quem, de tanto ler, tenha aprendido a técnica do como se faz. Há quem tenha vergonha e quem tenha orgulho, há quem faça perguntas e quem pense em fumar um cigarro. Enfim, pode-se muito bem ser-se várias coisas na mesma pessoa. Foi isso que eu aprendi hoje. Ou talvez nem tenha aprendido, apenas recordado. Ou talvez eu sempre tenha estado alerta para isso, mas hoje não fico calado.
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
sábado, fevereiro 19, 2005
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3 comentários:
nada a ver...
é estranho sentar-me aqui para escrever...mas alguma coisa me impeliu a faze-lo...
escrever o quê?
medo...
as tuas palavras assustam-me por vezes...
já te o tinha dito...medo?
sim...talvez tenha sido o medo...
nada a ver...
é estranho sentar-me aqui para escrever...mas alguma coisa me impeliu a faze-lo...
escrever o quê?
medo...
as tuas palavras assustam-me por vezes...
já te o tinha dito...medo?
sim...talvez tenha sido o medo...
nada a ver...
é estranho sentar-me aqui para escrever...mas alguma coisa me impeliu a faze-lo...
escrever o quê?
medo...
as tuas palavras assustam-me por vezes...
já te o tinha dito...medo?
sim...talvez tenha sido o medo...
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