acordo de manhã e, é preciso ser forte, tenho que contar até dez para me levantar da cama, abrir os estores, levar-me até à casa de banho, olhar-me e pensar, é preciso ser forte, tenho que contar até dez e pensar no que vou fazer durante o dia, andar pela casa, pensar no que vou fazer durante o dia, acordo de manhã, é preciso ser forte, acabar por não decidir nada, acabar por fazer as coisas sem ordem, sem objectivo, sem que alguma coisa seja precisa.
acordo de manhã e, é preciso estar descontraído, a sorrir conto até dez para me levantar da cama, abrir os estores, a janela, respirar fundo o ar da rua, ir até à casa de banho, olhar-me ao espelho e pensar, é preciso estar descontraído, a sorrir contar até dez e pensar no que me apetece fazer durante o dia, andar pela casa, a assobiar, pensar no que me apetece, acordo de manhã, é preciso estar descontraído, perceber que não há nada que me apeteça realmente, não fazer nada realmente importante, ficar assim, sem obejctivo, só a pensar que é preciso estar descontraído.
acordo de manhã e levanto-me da cama, abro os estores, a janela, vou até à casa de banho, olho-me no espelho, penso, tenho que arrumar isto, acordo de manhã e tiro a roupa toda da cama, meto-a na máquina de lavar, pensar, é preciso aspirar a sala, buscar o aspirador, procuro lençóis lavados, acordo de manhã e lavo a casa de banho, limpo o pó, tudo a correr, tudo sem pensar, tudo feito um pouco depois de acordar de manhã.
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
quarta-feira, fevereiro 09, 2005
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário