agora vou-te ensinar como se escreve um texto a correr: terei uns dois ou três minutos, ligo o computador, começo a passear as mãos pelo teclado, alguma coisa há-de sair, isto não é uma aula de escrita criativa, as minhas regras sou eu que as faço e por isso escrevo, escrevo como penso, como respiro, automaticamente, talvez, tudo ao mesmo tempo, de certeza.
depois era ontem à noite e em vez de escrever ao mundo apeteceu-me escrever-te a ti, também não queria estar com o mundo em minha casa, queria-te a ti, também não queria ter ido tomar café com o mundo, gostei de ter ido tomar café contigo, e assim vão as coisas, mais pequenas, mais devagar, eu a sorrir enquanto olho para a parede.
depois é o meu corpo a lutar com as sensações, seja eu grande ou pequeno, seja segunda ou sexta-feira, sou eu a lutar com as coisas que sinto e com as coisas que penso, sou eu durante a noite a ter pesadelos e a acordar cheio de dores de garganta, sou eu a querer dizer-te qualquer coisa que te toque bem lá dentro, eu a ficar quietinho, como quem espera, uma palavra ou um sinal de ti.
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
segunda-feira, outubro 10, 2005
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