a questão não é tanto não estarmos a fazer o que devíamos, é mais não nos sentirmos culpados por isso. porque não há qualquer dia de trabalho que possa compensar um final de tarde passado a apanhar sol e a ler um bom livro, um final de tarde em que aparecem pessoas e onde a conversa escorre calma e sossegada sem pressa de chegar a lado nenhum. é, então, uma questão de culpa.
de alguma forma somos condicionados a tentar viver a vida por objectivos, como os contratos que toda a gente agora quer impôr. mas, por uma hora que seja, a cada dia, devíamos esquecer o contrato e concentrarmo-nos no objectivo. nós próprios. abrimos um livro na página em que o deixámos, há uns dias, e apanhamos sol sem óculos escuros e sem janelas com vistas tão boas. na rua.
então, podemos deixar de lado a agenda onde assinalamos, com tópicos, todos os deveres e afazeres que temos para o resto da vida. podemos até esquecer que um dia prometemos a alguém que íamos ser famosos ou bem sucedidos na mundo dos negócios. sim, o segredo todo está em conseguir ouvir o nosso próprio coração quando ele bate. o segredo todo, que afinal não é segredo nenhum, é conseguir sorrir sempre, sempre, mesmo que seja só do lado de dentro.
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
segunda-feira, abril 25, 2005
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1 comentário:
Nem Mais
Lua*
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