eles estão nas portas, sim, eles. eles elas. elas estão nas portas, debaixo, atrás, dentro das portas. eles e elas. estão lá. estão nas portas, a vigiar-me, a tomar conta de mim. eles estão nas portas e eu vejo-os. sim, vejo. eles estão nas portas e eu falo-lhes. sim, falo. pode não ouvir-se, mas falo.
eles estão nas portas, estão nas portas, a tomar conta de mim. sentados, em pé, eles estão. nas portas da minha casa, da rua, das lojas, de todo o lado. nas portas. estão lá, sinto-os, vejo-os. de noite, entram no meu quarto e vigiam o meu sono. tomam conta de mim. eles, elas. sinto, vejo.
eles estão nas portas, estão nas portas, sempre comigo. não sei se me vigiam só a mim, se também a mais pessoas. não sei se são os meus espíritos, se os espíritos de todos nós. eles estão lá, sim, estão lá onde eu os vejo, onde eu os sintos. eles, elas. nas portas, em todas as portas.
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
quarta-feira, março 16, 2005
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1 comentário:
;-)
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