Tinha eu seis anos, seis louros mudos anos,
a porta do quarto entreaberta, a luz acesa,
bonecos de pernas partidas espalhadas sobre a cama,
a voz de criança a sussurrar nomes
numa velocidade despropositada em direcção à parede.
a minha cabeça loura a ouvir risos
e toda a infatilidade de conter o primeiro insulto.
hoje gravo no meu corpo a primeira ocasião
do desarranjo ocasional do meu cérebro.
é familiar, ri, está atrás da porta, no corredor.
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
quarta-feira, abril 07, 2004
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