um francês canta baixinho na rádio enquanto se ouvem os barulhos da manhã fora do quarto. tu abraças-me e abres os olhos muito muito devagar. dizes baixinho o meu nome, como se dizem os segredos e eu sorrio-te um sorriso enorme com olheiras. no meio da cama os nossos cheiros cruzam-se, num calor crescente. sim, está calor. é a febre do sábado de manhã.
gosto de te ver levantar da cama enquanto eu fico mais um minuto deitado. é o minuto em que me delicio ao ver o teu corpo a despertar do sono, a deixar-se beijar pelo sol que entra agora pela janela. espreguiças-te e pedes para que eu me levante. faço ronha, como os gatos. tu voltas-te a deitar ao meu lado e beijas-me. gosto da tua pele. beijo-te e volto a fechar os olhos.
quando acordo uma vez mais estas abraçada a mim, dormindo de novo. deixo que a tua respiração se faça do perfume do meu peito. acaricio as tuas costas, sim, eu lembro-me de me dizeres como gostas tanto que o faça. ao abrires os olhos sinto as tuas pestanas nos meus mamilos e um pequeno arrepio invade a minha manhã. beijo-te a testa e desperto-te. é sábado de manhã. hora de sorrir.
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
domingo, abril 11, 2004
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