não sair à rua em dias em que podemos encontrar alguém
pensar sempre antes de dizer, sim, meu querido
andar com os pés dentro de sapatos se a casa tiver telhados de vidro
encontrar sempre sempre uma saída
deixar que as crianças nos vendam os seus enganos
cultivar um aspecto muito fora do normal
ter os pés limpos quando se pisar uma cama
correr, nu, na rua da nossa madrinha
fazer listas de convidados para um casamento que nunca se realizará
ser céptico em relação a tudo o que se ouve na rádio
dizer mal do poeta nas costas dele
dizer mal do poeta na cara dele
não dizer mal do poeta se ele gostar de ser injuriado
ir ao café e não pedir nada à empregada zarolha
visitar uma escola e apertar o nariz de um professor
usar uma metralhadora como acessório de moda
usar acessórios de moda como metralhadoras
pisar chão que já deu uvas
apanhar todos os caroços que se conseguir encontrar
fechar os olhos e ouvir a palavra silêncio
comer peixe cozido sem fazer caretas
não tomar banho e abraçar a namorada
dançar dançar dançar dançar dançar
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
sábado, fevereiro 14, 2004
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Arquivo do blogue
-
▼
2004
(189)
-
▼
fevereiro
(19)
- rede
- para o mal do bem comum
- alterações ao dicionário
- sonho nº 1
- andamento em dó menor
- era isto, mariana
- carnaval de torres 04
- tu
- inventário para o dia dos namorados
- palavra
- quando precisas de alguém
- proibido fumar
- recados sem destinatário
- cheiro a tinta
- como se diz metamorfose em grego?
- escrever só com um dedo
- inadaptado
- aquilo que eu nunca quis escrever
- aqueles olhos tristes
-
▼
fevereiro
(19)
Sem comentários:
Enviar um comentário