kundera e televisão. uma parte da tarde sentado no sofá, em frente à televisão, até adormecer. dormir exactamente no momento em que os ciclistas percorrem os últimos dois quilómetros da etapa da volta. acordar com tudo decidido, ver o acontecimento através das repetições que se repetem a uma constância insuportá¡vel. fazer um zapping regular entre os canais de música e os canais de desporto. tentar perceber o que acontece nos filmes e nos jogos que estão codificados. bocejar.
encontrar uma daquelas séries em que todos os protagonistas têm trinta anos e uma crise existencial.ao sair da casa de banho a protagonista diz que nunca fez amor. são as mulheres ideiais fazem amor. ela nunca fez. quanto muito pode dizer que "transou".
é um pouco aquela sensação de ligar uma ficha e encontrar a electricidade. perceber que, estejas onde estiveres, ainda há muito mais caminho lá para a frente. agora só te resta decidir se ainda queres lá chegar ou não.
mudo de canal de novo, endireito a almofada que me sustém as costas, bocejo, tento não pensar.nos primeiros minutos é fácil, devido ao choque da iluminação. mas depois é como uma torrente de pensamentos, sempre mais fortes e mais duros.
esta noite sou bem capaz de chorar.
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
sexta-feira, agosto 15, 2003
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