eu estava a andar pela rua, já nem me lembro bem qual, e de repente olho para cima e vejo uma nuvem a desfazer-se por entre o topo dos prédios. a benedita a puxar-me pela mão, para entrar no café, e eu a olhar lá para cima, acreditem ou não, mas estava mesmo uma nuvem a desfazer-se sobre a minha careca.
depois comecei a pensar se não estaria a delirar. é que a nuvem começava a ganhar a forma de diversos escudos, daqueles que têm cinco quinas dentro, e eram vários, um aqui em baixo (mais consistente), um ali em cima (já a apagar-se), e o céu daquela rua que não tinha mais nada que eu visse a não ser o café que só a benedita via, era uma enorme confusão de escudos, agora que eles se começavam a misturar.
olha para cima, benedita, vê-me bem aquilo.e ela com aquele seu jeito de se aperceber de todos os pormenores diz-me que é só uma antena de televisão, aparentemente quebrada.
eu olhei-a estupefacto. ela puxou-me de novo a mão a pedir-me para eu entrar no café. tem calma, benedita. estou com problemas de recepção.
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
quinta-feira, agosto 21, 2003
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