... passar o dia inteiro fechado em casa. andar a subir e a descer escadas, a ligar e a desligar computadores, a olhar e a não olhar para a televisão. passar o dia em casa. experimentar todas as posições possíveis num sofá monolugar, finalmente experimentar o bloco de desenho comprado há dias, escrever, escrever, escrever (nada que se aproveite).ver todos os programas possíveis durante horas, sem nunca ver um princípio nem um fim.
... chegar então até ao mar, até bem perto do mar, sentir na face o vento salgado, que nos sopra contra nós mesmos, nos empurra, nos obriga a vermo-nos como não podemos deixar de nos ver. sentir todo aquele apelo do mar, como quem fecha os olhos e diz para si, eu sou marinheiro, eu quero ser marinheiro, e ter no mar todas as casas em que me fecho, ali mesmo, debaixo da lua. caminhar por ruas sempre mais vazias e perceber que a noite nos refresca em tudo.
só não consigo abandonar este stress que me atormenta, esta necessidade de tudo e de nada, esta ansiedade estúpida que me perturba. só não consigo abandonar-me a mim.
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
quinta-feira, agosto 21, 2003
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