do alto da minha torre, eu vejo o mundo, do alto da minha torre. estou fechado, isto não é uma queixa, estou fechado. no alto, inacessível, alto. nú, eu, despido, sim. enfim. do alto da minha torre, exaltação do afastamento.
eu não sei se consigo ver a rua, tão longe de mim, não sei se eu consigo. estou ausente, isto não é um chamamento, estou ausente. a palavra longe, a palavra longe, a palavra longe. nem em mim, nem por mim, nem de mim. uma exasperante falta de trânsito.
do alto do meu eu, assim, do alto do meu eu. sem o mínimo, mínimo sorriso. umas dezenas de músculos fora do seu ramo de actividade. nem sequer falo, não, nem sequer falo. do alto de, do alto de, do alto, este sítio tão longe de tudo. eu vejo o mundo, eu não sei se consigo.
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
segunda-feira, dezembro 20, 2004
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1 comentário:
como é que não consegues? a man who writes so well can't get sad! Vá, Força!
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