isto aqui é sobre liberdade. liberdade para se fazer. para se ser. e começa no cenário mais triste no mundo.
num hotel de arranha-céus, sobre um mundo só cidade, só casas casas casas, sem nada de íntimo, um homem, uma mulher, questionam-se dos seus mundos. ele, na crise dos 50, actor defraudado, endeusado por quem nunca reconheceu. ela, na crise dos 25, recém-licenciada, casada, a perguntar-se quem é a pessoa com quem casou. o encontro dá-se no local mais provável do mundo. o bar do hotel.
ele é divertido, embora tenha sempre cara de quem vai gritar com as pessoas. ela é doce, aparentemente inofensiva. mas defende-se. ficam juntos e decidem explorar uma cidade que parece não dormir. e o roteiro inicia-se. atraente.existem surfistas no japão. disso não me esquecerei.
há também uma mulher muito chata que canta todas as noites no bar. e a ironia sobre isso. e o erro tradicional dos homens. e a crença das mulheres. está lá tudo. como numa caixinha que se guarda no topo do armário do quarto.
no final, a sensação de que realmente há algo que fica irremediavelmente perdido na tradução. podemos somente tentar imaginar o significado de tudo aquilo. mas garanto que não há melhor argumento para nos juntarmos a um grupo de desconhecidos do que este filme.
acho que é por isso que ele é tão magnífico. isto é sobre liberdade.
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terça-feira, janeiro 27, 2004
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