Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)

domingo, setembro 21, 2003

o blog dele

já me liguei umas dezenas de vezes no blog do gajo desde a última vez que lá deixou uma coisa nova e o cabrão nunca mais renova o texto que lá tem. é sempre assim, aquele filho da puta. vem com falinhas mansas, com ideiazinhas, com coisinhas boas e depois, trás!!!, desaparece, deixa de escrever, deixa de dizer seja o que for, deixa de mandar mensagens, toques, nada... aquele cabrão.
sinceramente, estava muito melhor quando não o conhecia. era uma rapariga mais calma, mais ponderada. não andava com aquelas ideias estranhas que o boi me põe na cabeça. a falar-me de sexo ao ouvido logo no nosso primeiro encontro. depois as mãozinhas nas minhas pernas, a gabar-me a saia, a gabar-me o olhar. eu sei do que gosto. o pior é que ele também parece sempre saber do que eu gosto, o anormal. leva-me para o cinema e põe-se a tentar enfiar as mãos dentro das minhas calças. leva-me a passear e tenta violar-me sempre que encontra um pinhal. é um tarado. e consegue fazer de mim uma taradinha também. adoro aquele filho da puta.
depois no outro dia aparece-me no café todo contente, com aquela cara de parvo que começo a achar que lhe é característica, a dizer-me que tinha um blog, que ia ser fixe porque assim eu poderia saber sempre o que ele andava a pensar, prometeu-me que ia escrever muito sobre mim, contar as nossas histórias, a dizer-me que como éramos assim libertinos as pessoas iam gostar e talvez, depois, nos convidassem para fazer um filme ou assim. cabrão de merda, convenceu-me, nem sei bem porquê.nos primeiros tempos até que era engraçado, ver aquelas cenas que ele me fazia ali escritas no computador. mas depois o cabrão começou a escrever sobre cenas que nós não fazíamos. que era só ficção, que eram umas ideias... ideias do caralho. a verdade é que entretanto também deixou de ter tempo para ir ao café comigo, para me levar ao cinema, para essas merdas todas. e agora deixou de escrever no blog dele. o cabrão, o cabrão arranjou outra puta qualquer,foi o que foi... e eu a ligar-me dezenas de vezes àquela última frase... E seguimos caminho de volta para casa.

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