penso:
hoje não escrever. hoje não aparecer sequer na net - vou-me embora, para outro sítio, onde eu não me conheça e não conheça ninguém.
porque:
esta tarde - sentei-me à mesa do café e comecei a pedir cervejas até achar que já eram horas para voltar a casa, jantar.
esta tarde - biblioteca, procurar os livros certos para trazer para casa. mesmo tendo na ideia, provavelmente não os vou ler.
esta tarde - olhar para a mesa e vê-la, não ter a certeza, dar uma volta pelos livros, dizer olá, dizer adeus.
telefono:
ah, ok.
sim, estou calado. não, não estou zangado. sim, adeus.
penso:
hoje não escrever. ficar quieto, calado. hoje não. talvez, ir dormir já, embora seja cedo demais. talvez, saltar pela janela, está fresco lá fora. talvez. hoje.
porque:
sem razões.
penso:
calar.
ou
cortar os dedos e deixar o sangue encher o balde do lixo debaixo da secretária.
ou
sair a correr de casa e permitir um carro, atropelamento, culpa de quem.
ou
(...)
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
terça-feira, junho 08, 2004
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