Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)

quarta-feira, dezembro 07, 2005

para me encantar

meu pequeno problema, flor de mar apagado, apago o candeeiro e o que sobra, estes dedos que tremem como a barriga, a minha dor sempre presente e tão escondida, agarro-me ao estômago, saio daqui.

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vou e venho e o atendedor de chamadas vazio, nem uma mensagem, uma declaração de amor, nada, nada, nada. podia tomar um duche a esta hora, mas a sujidade é muito mais eu que qualquer deriva aquática. o meu signo peixes, os meus olhos chorosos. vai um copo?

sim e sim, podia contar-te a história de uma maneira diferente mas tu só me perguntas pelo preço da vida e pelas horas de almoço. eu aconchego-me debaixo da manta e minto-te enquanto posso. depois de mim nada mais será igual na tua vida, tu sabes.

eu e as minhas dores escondidas, eclipsadas debaixo da linha do horizonte que eu não conto a ninguém. deixa-me o troco em cima da mesa e não me peças que vá ao médico dizer que me estou a desfazer por dentro. toda a gente sabe, é visível aos olhos. que horas são?

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