i do masturbate, diz ele em inglês correcto e corrente, no final de um dia de chuva, à porta do tribunal fechado. já é longa a noite, eu sei, mas todos os copos que bebemos fazem-nos sentir ainda muito despertos. há, em pano de fundo a esta cena, uma música que se ouve muito ao longe, uma música que não conseguimos perceber se existe ou não.ainda assim, seguimos esse rasto.
i do masturbate, tudo bem, eu também, se é isso que queres saber, digo eu na minha insistência para não perceber nada daquilo que me queres fazer entender. pergunto-te pelos jogos da nba ou pelas regras do baseball. tento falar-te de política externa, mas já é um pouco tarde para isso, não é? ainda assim seguimos juntos, nesta festa de embriaguez sem destino. é para isso que servem os amigos, diz-se no meu país.
i do masturbate, e se isso não é uma insistência nenhum, então pareces-me um bocado cínico. a música já não toca para lado nenhum desta cidade, é cada vez menos perceptível a razão de estarmos juntos. trocamos os pés um do outro e já não há risadas, só indisposições. enquanto um pára para vomitar, o outro perde-se de sono. talvez amanhã de manhã já ninguém se lembre disto.
Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)
terça-feira, novembro 02, 2004
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1 comentário:
Dor.
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