Arquivo do extinto blogue Esferovite- a vida em pedaços (13-08-2003/ 4-01-2006)

quarta-feira, junho 01, 2005

dia da criança

não é preciso fazeres esse ar de durão, eu já sei quem tu és, não há cara de mau que possas fazer e mudar aquilo que eu sei de ti. não seria sequer mudar, seria esquecer. e eu não esqueço as coisas assim. portanto, deixa de lado essa cara de mau, esse jeito de mandão, qual dom quixote a querer derrotar moinhos de vento. vá, endireita essa camisa, puxa os cabelos para trás. sim, sim, estou-te a pedir um abraço.

não era preciso pores-te a mandar essas mensagens e esses e-mails cheios de asneiras. as pessoas não fazem mal umas às outras, põe isto na cabeça. ninguém anda aqui para te perseguir. o que acontece é que cada um, na sua nervosa ânsia de fazer o bem, dá umas pisadelas aqui e ali. parece o baile da festa da Serra da Vila. entra-se com os sapatos engraxados e sai-se com eles cheios de marcas dos sapatos dos outros.

sim, eu abraço-te, ou não era isso que tu querias desde que aqui chegaste? eu também sei que não sou a pessoa mais fácil do mundo, que até eu faço cara de mau e digo coisas feias. mas depois vêem-me estes momentos de clarividência, ou parvoeira como tu também gostas de lhes chamar, e ponho-me a dizer verdades universais a torto e a direito. é um bom abraço, este abraço, é.

2 comentários:

Anónimo disse...

abraça-me...

Anónimo disse...

Aquele abraço !!! (dizia a canção)Abraçar alguém é sempre uma busca de colo.Dum mimo que apetece e que tantas vezes não se confessa. ;)